Motivo para se orgulhar?

Futebol e dinheiro: bom ou ruim?

Em uma matéria divulgada pela Folha de São Paulo sobre as dívidas do futebol brasileiro ( R$ 3,248 bilhões das 21 maiores receitas dos clubes no país ), o futebol carioca marca uma forte presença no ranking com Vasco e Flamengo, 1º e 2º respectivamente.

Rivais disputam até a maior dívida

Que a passagem de Eurico Miranda pelo Vasco não foi satisfatória à ninguém, não é novidade. Após montar um projeto olímpico muito vencedor e 8 anos de promessas não cumpridas, o "presidente" só afundou o Club de Regatas Vasco da Gama em dívidas e aumentou pelo menos 300% o número de processos contra o clube. O resultado? 380 milhões, sim, trezentos e oitenta milhões de reais em dívida! Com essa incrível competência, Eurico conseguiu um dos seus objetivos mais claros durante o mandato: passar o Flamengo, não importa como.

Com uma dívida de 333,3 milhões de reais, o Flamengo foi para a vice-liderança do ranking de devedores do futebol brasileiro. Se quer pagar? Acho que a resposta está no tamanho do valor...

Para se formar um dívida deste tamanho, o sócio da Casual Auditores Carlos Aragaki deu a seguinte explicação: " Empréstimos, alguns ajustes da Timemania e a folha salarial do futebol são os principais responsáveis pelo crescimento". Mas você deve estar se perguntando "mas 380 milhões?" Sim. Em um país que é considerado o "país do futebol" coisas absurdas como essa estão acontecendo.

O São Paulo é a amostra que se pode ter um time campeão sem fazer dívidas imensas

Mas, é claro que os times não vão parar de contratar, pagar altos salários ... afinal, um clube de futebol ganha credibilidade com conquistas, e isso não é possível sem um time competitivo. É claro que existem exceções, mas como o nome já diz: são exceções.

O Governo já tentou ajudar os clubes com a Timemania, mas com a fraca repercussão dos brasileiros, posso afirmar com toda a certeza que essa tentativa não deu nenhum um pouco certo, e, assim, a situação não parece que vai melhorar.

O que fazer? Sentar e chorar, infelizmente. Só um milagre poderia reverter uma realidade como essa.

Luís Felipe Barreiros